quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

[Video] Esperma visto por microscópio

O esperma (do grego: sperma - "semente") conhecido popularmente como sêmen é o fluido orgânico produzido pelos machos de muitas espécies de animais para transportar os espermatozoides até o local de fertilização na fêmea. O esperma é constituído por espermatozoides e pelo conjunto de dois líquidos, sendo estes o líquido seminal e líquido prostático.

Características do sêmen humano

O sémen humano é cremoso, espumoso, esbranquiçado e opalino. Períodos de abstinência sexual deixam o esperma amarelado (possivelmente pelo processo de morte e necrose de células haploides mais antigas acumuladas). É composto por uma mistura de secreções testiculares, vesículas seminais, próstata e glândula de Cowper. Depois de 10 a 30 minutos fora do organismo humano, o líquido espesso torna-se extremamente fluido (curiosamente exposto ao ar em baixas latitudes, a parte mais líquida evapora e ele se resseca tornando-se menos fluído e mais pegajoso).

O sabor é "acentuado" (geralmente adstringente) e um pouco salgado (geralmente quando se mistura a resto de urina nos dutos), no entanto tem variações que estão diretamente relacionados com a alimentação de cada individuo (quanto mais tempo entre duas ejaculações, maior a tendência ao adocicado).
Em volume, a ejaculação de um homem sadio varia entre 3,5 e 5 ml. Volumes em torno de 0,5 ml são, em sua maioria, patológicos. Seu pH encontra-se na faixa de 8,1 a 8,4. São considerados normais 200 a 600 milhões de espermatozoides por ejaculação. Um único ml de esperma contém de 60 a 120 milhões de espermatozoides.

Composição do sêmen humano

Os componentes do sêmen derivam de duas fontes: esperma e plasma seminal. O plasma seminal, por sua vez, é produzido pela contribuição da vesícula seminal, próstata e glândulas bulbouretrais.
O plasma seminal dos humanos contém um complexo de componentes orgânicos e inorgânicos. Ele fornece um meio nutritivo e protegido para os espermatozoides durante as suas jornadas até o trato reprodutivo feminino. O ambiente normal da vagina é hostil para as células do esperma, já que ele é muito ácido (devido à produção de ácido lático da microbiota vaginal), viscoso, e controlado por células imunes. Os componentes do plasma seminal tentam compensar este ambiente hostil. Aminas básicas como a putrescina,espermina, espermidina e cadaverina são responsáveis pelo cheiro e sabor do sémen. Essas bases neutralizam o ambiente ácido do canal vaginal (que é muito nocivo ao esperma), e protegem o ADN dentro do esperma da desnaturação ácida.

Sémen e a transmissão de doenças

O sêmen de uma pessoa livre de doenças não é nocivo em contato com a pele, podendo ser utilizado para minimizar os casos de pele seca. Entretanto, o sêmen pode ser meio de transmissão de muitas doenças sexualmente transmissíveis, incluindo o HIV, o vírus que causa a AIDS.

Também imagina-se que os componentes do sêmen, como os espermatozoides e o plasma, podem causar imunossupressão no corpo quando atingem a corrente sanguínea ou linfa. As evidências para essa teoria datam de 1898, quando Elie Metchnikoff injetou em um porco seu próprio esperma e o esperma de outro porco, mostrando que o anticorpo produzido em resposta; entretanto o anticorpo estava inativo, evidenciando uma resposta de supressão do sistema imune.

Mais pesquisas, como a de S. Mathur e J. Goust , mostraram que anticorpos não existentes anteriormente em casais inférteis podem ser produzidos nesses casais em resposta ao esperma. Estes anticorpos reconheceriam linfócitos T como estranhos por engano, e consequentemente os linfócitos T sofreriam ataque pelos linfócitos B do organismo.

A produção e a qualidade do esperma poderá ser melhorada, aumentando inclusive o libido, bastando para o efeito assegurar que no momento da pré-ejaculação e na própria ejaculação esta seja intensamente desejada. A contração provocada no momento da abertura do canal, origina uma reação imediata do organismo na produção de mais e melhor esperma.

Outros componentes do sêmen que se mostrariam como estimuladores de um efeito imunossupressivo seriam o plasma seminal e os linfócitos seminais.

Assista ao vídeo que mostra o esperma visto por microscópio:

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